quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

António Variações




António Joaquim Rodrigues Ribeiro
nasce em Fiscal, pequena aldeia do concelho de Amares, Braga a 3 de Dezembro de 1944. O quinto dos dez filhos de Deolinda de Jesus e Jaime Ribeiro, António faz os seus estudos na escola local, ajudando no resto do tempo os pais no campo. Mas a paixão pela música demonstrada desde tenra idade fá-lo-á esquecer muitas vezes os trabalhos da lavoura em favor das romarias e folclore locais.

Aos 11 anos, terminada a instrução primária, experimenta o primeiro ofício em Caldelas. " Ia fazer quinquilharias, mas passado pouco tempo desistiu ", contará a mãe já em 1988, à Imprensa. Mal completa 12 anos abandona a terra- natal rumo a Lisboa. Vem para ser marçano, mas acabará por trabalhar num escritório. A tropa fá-la em Angola, mas sem antes pedir à mãe que lhe acenda uma vela a Sto António para protecção. Regressa são e salvo. Mas logo volta a partir, desta feita para Londres, onde permanece um ano a lavar pratos num colégio.


Em 1976 regressa. De novo por pouco tempo. O próximo destino será Amesterdão, onde fica mais um ano e aprende o ofício de cabeleireiro.


Já em Lisboa, dedica-se de dia ao ofício, e á noite à sua paixão pela música, dando espectáculos com um grupo de músicos intitulado " Variações ". E começa então a ser notado pelo seu visual excêntrico e personalizado, com base nas cores e formas originais e em alguns elementos de adorno, como por exemplo os brincos.


Em 1978 apresenta uma maquete com algumas músicas à editora Valentim de Carvalho e nesse ano assina contrato. Mas terá de esperar quatro anos para poder gravar, porque entretanto Mário Martins e Nuno Rodrigues insistem para que grave, respectivamente folclore ou pop.


Os contactos com profissionais do mundo da música, seus clientes na barbearia, abrir-lhe-ão, entretanto as portas da notoriedade.





Em Fevereiro de 1981 surge pela primeira vez na televisão, no "Passeio dos Alegres" de Júlio Isidro, que o convidará para algumas emissões da "Febre de Sábado da Manhã" na Rádio Comercial.


Em Julho de 1982, já sob o nome António Variações, edita o seu primeiro single, um duplo lado A com "Povo Que Lavas No Rio" - imortalizado por Amália Rodrigues - e "Estou Além", um inédito de sua autoria. Um ano depois sairá o primeiro LP- "Anjo Da Guarda "- que o transformará numa estrela popular à escala nacional.


Depois de inúmeros concertos na época estival, sobretudo em festas e romarias de aldeias e outras pequenas localidades, volta a entrar em estúdio. Entre 6 e 25 de Fevereiro de 1984 grava o segundo e último LP; "Dar E Receber".


Em Abril aparece pela última vez em público no programa televisivo "A Festa Continua" de Júlio Isidro. Será a única interpretação no pequeno ecrã das faixas do novo disco. Quando " Dar E Receber " é editado, semanas mais tarde, já António Variações se encontra internado no Hospital Pulido Valente devido a um problema brônquico-asmático. É já no hospital que ouvirá pela primeira vez na rádio as músicas de promoção do disco.


Debilitado pela doença que se agrava vertiginosamente, é transferido a pedido da família para a Clínica da Cruz Vermelha, onde virá a falecer a 13 de Junho.


Fonte: http://home.wanadoo.nl/alberto.lopes/antovar.htm

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Miúcha



Nasceu no Rio de Janeiro e mudou-se para São Paulo aos oito anos de idade, com a família. O pai, Sergio Buarque de Hollanda, era amigo de músicos e gostava de promover saraus e noitadas musicais. Dorival Caymmi e Vinicius de Moraes eram alguns que apareciam com freqüência. Miúcha começou a tocar violão e cantar com os seis irmãos, influenciada pelo repertório da casa, que passava por Ataulfo Alves, Ismael Silva, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa. Na década de 60 conseguiu uma bolsa para estudar História da Arte em Paris. Durante umas férias viajou com amigos para a Itália e Grécia, e lá começou a cantar e tocar em todos os lugares por onde passavam. Com a experiência, de volta a Paris,
passou a se apresentar no bar "La Candelaria", onde se apresentava também a chilena Violeta Parra. Graças a Violeta conheceu João Gilberto, com quem acabou se mudando para Nova York e casando. Foi em Nova York sua estréia em disco: "The Best of Two Worlds", com João Gilberto e Stan Getz, gravado em 1975. No mesmo ano, excursionou com Getz, e juntos participaram do Festival de Jazz de Newport. Ainda em 1975 fez sua primeira gravação ao lado de Tom Jobim, cantando na faixa "Boto", do LP "Urubu". Com Tom Jobim gravou dois discos, "Miúcha e Antônio Carlos Jobim" (1977) e "Miúcha e Tom Jobim" (1979), em que lançou alguns dos maiores sucessos de sua carreira: "Maninha" (composta pelo irmão Chico Buarque em homenagem a ela), "Pela Luz dos Olhos Teus" (Vinicius), "Vai Levando" (Chico Buarque/ Caetano Veloso), "Samba do Avião", "Falando de Amor" (ambas de Tom Jobim) e "Dinheiro em Penca" (Tom Jobim/ Cacaso), que serviria de inspiração para o irmão Chico criar a música "Paratodos", título de seu disco em 1993. Em 1977 participou do famoso show no Canecão ao lado de Vinicius, Toquinho e Tom, que rendeu um disco histórico. O espetáculo ficou em cartaz no Rio por quase um ano, seguindo depois para outras cidades na América do Sul e Europa. Depois disso Miúcha manteve uma carreira bem-sucedida, gravando discos e excursionando com freqüência pelas Américas, Europa e Japão. Seu disco mais recente, "Rosa Amarela" (1999), foi lançado primeiro no Japão, e inclui clássicos como "Doce de Coco" (Jacob do Bandolim) e composições recentes, como "Assentamento" (Chico Buarque)



Heloísa Maria Buarque de Hollanda (born November 30, 1937 in São Paulo), whose artistic name is Miúcha, is a Brazilian singer and composer. She is the daughter of historian Sérgio Buarque de Holanda by Maria Amélia Cesário Alvim and sister of the singer and composer Chico Buarque and two other singers Ana de Hollanda and Cristina. Her career began in 1975 with work realized with her husband, João Gilberto, and Stan Getz, recorded as a participant in the disc The best of two worlds. This was followed by forays into jazz with Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Donato and her daughter Bebel Gilberto.


Fontes:

-http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/miucha.asp

-http://en.wikipedia.org/wiki/Mi%C3%BAcha


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Nneka Egbuna




Nneka Egbuna nasceu na cidade petrolífera de Warri, na Nigéria. Começou a cantar muito cedo como forma de fugir aos pesadelos de infância mas foi a partir dos 19 anos (altura em que se 'assumiu' como cantora e compositora) que começou a seduzir quem a ouvia!

O sangue africano corre-lhe nas veias, mas o frenesim da música electrónica de Berlim está-lhe nos pés. E o hip hop e o soul, na alma! São exactamente estas misturas que fazem de Nneka uma cantora especial, cheia de histórias para contar e partilhar. Com uma enorme responsabilidade e consciência social em relação à Nigéria, Nneka não deixa a história do seu país fora da sua música. Bem pelo contrário: diz que o povo Nigeriano funciona como uma inspiração constante. E fá-lo de tal forma brilhante e com tal sentimento, que a sua entrega à música já lhe valeu uma comparação a Eryka Badu.

O primeiro disco - Victim of Truth - chegou em 2005. E apesar de ter passado despercebido para muita gente, foi no entanto considerado pelo Sunday Times no Reino Unido "um disco tão bom quanto o álbum The Miseducation of Lauryn Hill de Lauryn Hill".

Em 2008, voltou com No Longer At Ease e desta vez, não escapou aos ouvidos mais atentos: elogios não lhe têm faltado e 'Heartbeat' - o single de apresentação, dificilmente passa despercebido.

Mega FM

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Jp Simões



É um artista que passou pelos projectos Pop Dell’Arte, Belle Chase Hotel, A Ópera do Falhado e Quinteto Tati.

João Paulo Simões de seu nome, é conhecido por JP (leia-se "JêPê"). Nasceu em Coimbra em 1970, mas ainda criança emigrou para o Brasil. Regressou a Portugal e mudou-se para Lisboa, onde se licenciou em Comunicação Social, tendo encetado o retorno a Coimbra para participar na fundação dos Belle Chasse Hotel.

Belle Chase Hotel, A Ópera do Falhado e Quinteto Tati, têm sido os habitats onde JP Simões tem concebido e produzido muitas das composições com que se foi distinguindo como magnífico escritor de canções e intérprete.

Em 2006, preparou um novo espectáculo intitulado de "Canções do jovem cão" e anunciou o lançamento da sua carreira a solo, através de um disco em nome individual, com o título de "1970" e que é editado no início de 2007. Foi ainda em 2006 que estreou no cinema o filme "Pele", realizado por Fernando Vendrell, com banda sonora de JP Simões.



"1970" recebeu elogios dos críticos. O público também se rendeu ao trabalho, tendo o álbum passado pelo top 30 de discos mais vendidos em Portugal durante 3 semanas, numa das quais esteve em 12º lugar.

A vida artística de JP Simões não se resume à música pura e dura, tendo em 2003 levado ao palco, através da encenação de João Paulo Costa e da companhia do Teatro do Bolhão, a "Ópera do Falhado", projecto cujo texto saiu da pena de JP Simões e a música foi composta a meias com Sérgio Costa, eterno companheiro de lides, nos Belle Chase Hotel e no Quinteto Tati. O livreto da ópera foi publicado pela editora "101 Noites", em 2004.

No Outono de 2007, é publicado o livro "O Vírus da Vida", contos de JP Simões, ilustrados por André Carrilho. Já ante-estreado em 2006, mas com possibilidades de exposição comercial está o filme de animação Jantar em Lisboa, com desenhos e realização de André Carrilho e textos e banda sonora de JP Simões.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Maria Bethânia




Maria Bethânia Viana Teles Veloso
(Santo Amaro da Purificação, Bahia, 18 de junho de 1946) é uma cantora brasileira. É considerada a segunda artista feminina que mais vendeu discos na história do Brasil, com 26 milhões de cópias. O primeiro lugar pertence à apresentadora Xuxa, que alcançou 30 milhões de cópias.



Maria Bethânia é a reunião dos quatro elementos. Tem o veneno e o antídoto da vida. Canta o que vale a pena recordar.

É exatamente o que é. O que faz sentido: amor.

Ela vive, suporta e se prepara. Escrever sobre ela exige punho firme, voz ativa, olhos sinceros. Caminhar em seus entremeios é encantar-se pela sua resistência em função do que sempre quis cumprir. E sabia que tinha que cumprir.

Ela foi predestinada ao palco, à magia. Não havia outra solução. Chegar até Bethânia por obra do destino, é descobrir nossa própria alma guerreira. E sentir alívio ao ver o fogo, fulgir e fundir-se, coabitar com ele.

...

Para banhar-se na luz dos raios desta filha de Yansã basta apenas não fugir da febre. Cuidem dela. Porque de seu peito brotam os sons que as pessoas cantarão para ver renascer a vida.

Carole Chidiac

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cecil Taylor



Cecil Percival Taylor, o mais importante pianista do free jazz, nasceu nas redondezas de New York em 1929. Sua mãe, que tocava piano e gostava de Duke Ellington, foi uma importante influência em seu gosto musical. Estudou no New York College of Music e no New England Conservatory (Boston), onde, apesar de desgostar do ensino acadêmico, descobre compositores contemporâneos como Bartók e Stravinsky, cujas ousadias rítmicas e harmônicas o fascinam. Também é influenciado pelo jazz de Charlie Parker, Bud Powell, Thelonious Monk e Dave Brubeck. No início dos anos 50 Taylor tocou em pequenos grupos de R&B e swing. Em meados dos anos 50 formou seu próprio grupo (com Steve Lacy no sax soprano, Buell Neidlinger no contrabaixo e Dennis Charles nas bateria) e em 1956 gravou seu primeiro disco, Jazz Advance. Trata-se de uma das mais extraordinários álbuns de estréia de um músico de jazz, pois a música de Taylor nos anos 50 já era mais radical do que a de Ornette Coleman em 1959-1960, provando que Taylor efetivamente antecipou o free jazz.

No restante dos anos 50 e durante os anos 60 Taylor conseguia mostrar seu trabalho apenas de maneira intermitente, devido à radicalidade de suas idéias. Isso fez com que ele inclusive enfrentasse dificuldades financeiras. Apesar disso, consegue manter uma total integridade e um nível consistentemente alto em suas gravações. Nos anos 60, seus principais colaboradores são Jimmy Lyons (sax alto), Alain Silva (contrabaixo), Sunny Murray e Andrew Cyrille (bateria). Em 1964 foi um dos fundadores da Jazz Composers' Guild (da qual participaria também Carla Bley) e em 1968 fez um disco com a Jazz Composers' Orchestra. Nos anos 70, sua música finalmente consegue ter exposição maior. Ensina na University of Wisconsin, no Antioch College e no Glassboro State College. Recebe uma bolsa Guggenheim e chega a tocar na Casa Branca. Nos anos 80 e 90 sua reputação cresceu ainda mais, e sua música passou a receber o reconhecimento devido. Fez diversas gravações solo e em duo, tocando inclusive com Max Roach. A morte de seu colaborador de tantos anos Jimmy Lyons, em 1986, com câncer no pulmão, foi um golpe, mas Taylor continuou trabalhando incansavelmente.


Cecil Percival Taylor (born March 15 or March 25, 1929 in New York City) is an American pianist and poet.[1] Classically trained, Taylor is generally acknowledged as one of the inventors of free jazz. His music is characterized by an extremely energetic, physical approach, producing complex improvised sounds, frequently involving tone clusters and intricate polyrhythms. His piano technique has been likened to percussion, for example described as "eighty-eight tuned drums" (referring to the number of keys on a piano)